ERSE eleita Vice-Presidente do CEER e Presidente do Grupo de Trabalho do Gás

22/03/2021

A ERSE-Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos foi eleita para a vice-presidência do Conselho Europeu de Reguladores de Energia (CEER), cujo mandato é assumido pelo administrador da ERSE, Pedro Verdelho, que também assume, desde 2018, a presidência do Grupo de Trabalho do Gás (GWG) da mesma organização, cargo em que, a 17 de março de 2021, foi reconduzido para um novo mandato de dois anos.

Esta eleição surge num momento de transição do setor energético em que, cada vez mais, é exigida uma versão global do sistema, tendo em consideração novos atores e soluções. Ciente desta transformação e colocando a proteção dos consumidores no centro das prioridades, a ERSE participou ativamente na elaboração da futura estratégia do CEER para 2022-2025 (em Consulta Pública até 30 de abril).

O CEER é uma organização belga sem fins lucrativos, estabelecida em 2000, que reúne entidades reguladoras de 39 países europeus. O Conselho de Administração é composto por um Presidente e quatro Vice-Presidentes, onde estão representados os reguladores de energia da Alemanha, Áustria, Bélgica, França e Portugal.  O trabalho desenvolvido no CEER é organizado por grupos e subgrupos de trabalho (working groups e work streams) constituídos por técnicos de regulação das entidades reguladoras nacionais e ainda pelo seu órgão decisor (Assembleia Geral).

No âmbito das ambiciosas metas da Comissão Europeia, rumo à descarbonização da Europa, o GWG acompanha o debate e contribuiu para o desenho do futuro do papel do gás, salientando-se a liderança da ERSE no desenvolvimento do “The Bridge Beyond 2025”, de novembro de 2019, e na série de documentos Brancos, publicados a partir de fevereiro de 2021. De destacar, ainda, o trabalho desenvolvido ao nível do TEN-E, tanto na forma de posição conjunta dos reguladores europeus, como de propostas à proposta de regulamento da Comissão Europeia. Em 2021, o GWG continuará a acompanhar o processo legislativo europeu, com impacto para o setor do gás e desenvolverá recomendações relativas às emissões de metano nas redes de gás, ao armazenamento a longo-prazo e às inovações para a integração de setores.